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Verde que te quero verde

  • Foto do escritor: .
    .
  • 3 de mai. de 2018
  • 1 min de leitura

Atualizado: 19 de mai. de 2018


Ponte Sergio Motta (Foto: Daniel Fávaro)

Apesar da pouca idade, ainda lembro das suas folhas e frutos

Lembro do cantar dos pássaros e do vento cantando ao fundo

Lembro do ar puro e do frescor

Da vida vivida com amor

Lembro do sabor da fruta colhida do pé

Da manga, do caju, do bolo de arroz e do café

Lembro dos canteiros cheios de arvores e flores

Lembro das calçadas e dos senhores

Lembro das ruas sem buracos e dos postes mais baixos

Das crianças brincando na rua e dos filtros de barro

Lembro das estatuas e dos monumentos que me encantavam os olhos

Lembro das luzes das casas feito pontos luminosos

Ao andar de carro se via um eterno pisca pisca em meio a escuridão

A lua brilhava absoluta no céu aflorando a paixão

Mas onde foi parar o seu frescor? Onde foi parar o sabor puro que refresca no calor?

A cidade ficou cinza e com menos amor

Cada vez mais carros, cada vez mais rápidos, cada vez mais perigosos

Os faróis na noite brilham mais do que os olhos

As pessoas não ligam para a fruta no pé

Mas a manga na internet recebe centenas de curtidas, não é?

Será que estamos esquecendo de como tudo era mais simples?

Será que estamos nos esquecendo?

Pois eu, ainda lembro


Por Thaís Fávaro

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