Verde que te quero verde
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- 3 de mai. de 2018
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Atualizado: 19 de mai. de 2018

Apesar da pouca idade, ainda lembro das suas folhas e frutos
Lembro do cantar dos pássaros e do vento cantando ao fundo
Lembro do ar puro e do frescor
Da vida vivida com amor
Lembro do sabor da fruta colhida do pé
Da manga, do caju, do bolo de arroz e do café
Lembro dos canteiros cheios de arvores e flores
Lembro das calçadas e dos senhores
Lembro das ruas sem buracos e dos postes mais baixos
Das crianças brincando na rua e dos filtros de barro
Lembro das estatuas e dos monumentos que me encantavam os olhos
Lembro das luzes das casas feito pontos luminosos
Ao andar de carro se via um eterno pisca pisca em meio a escuridão
A lua brilhava absoluta no céu aflorando a paixão
Mas onde foi parar o seu frescor? Onde foi parar o sabor puro que refresca no calor?
A cidade ficou cinza e com menos amor
Cada vez mais carros, cada vez mais rápidos, cada vez mais perigosos
Os faróis na noite brilham mais do que os olhos
As pessoas não ligam para a fruta no pé
Mas a manga na internet recebe centenas de curtidas, não é?
Será que estamos esquecendo de como tudo era mais simples?
Será que estamos nos esquecendo?
Pois eu, ainda lembro
Por Thaís Fávaro
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